
RITA
CALDO
EXPLORAÇÕES SUPERFICIAIS
DE QUESTÕES EMERGENTES
2020
<do Coletivo Celestial>
COLETIVO CELESTIAL:
Arranjo intuitivamente fraterno das realidades clandestinas presentes num- já de si- excepcional decorrer de eventos.
Composto na sua totalidade por uma dupla de irmãs (em tempos confinadas), o coletivo trata a foto-performance e ocasionalmente o vídeo para reportar os planos existências que de outro modo permaneceriam pelo éter.
As meninas trabalham narrativas emergentes da necessidade que as levam a encarnar seres maiores, universais, remetentes às mais escondidas particularidades. Baseando as ficções em cenários quotidianos encontram caminhos para a distorção controlada e é através dela que atingem a precisão da pulcra linha divisora entre o desconfortável e o atrativo. Ténue divisão sem dúvida.
Como acrobatas equilibram-se na corda bamba entre o real e o onírico, transpondo as tonalidades presentes porém ignoradas para a imagem captada.
Diegese presencial que se recusa a cumprir quaisquer planos, segue seguindo sempre sonante.
- Queda: as coisas caem, tudo cai. Eu caí.







- Temos de ter a consciência de um mundo global: “ativos mas sem grande euforia”.













- Temo subir degraus quando não sei quem os construiu.








- O tempo apodrece as ações. Planear envelhece o ato antes de ele nascer.










- Os outros são espelhos, de mim fazem pinturas alegóricas de leitura fechada.










- A composição do “sorriso interessado” baseia-se tanto na intuição como na premeditação racional cujas proporções variam consoante o suporte e os meios. Elas são o que se vê.










- Tudo flui como água, não há tempo de agarrar o que seja.












- A espera é pouca quando não procuras.






