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2019

RITA

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O objeto fisico que parte da imagem e a respetiva implicação com o espaço e o corpo.
O peso da acção e o peso do corpo.
A reação da acção, o cansaço.

No exercício procurei a representação física através da noção de exterior e do aparente, reproduzindo as minhas características imediatas na forma de uma boneca articulada que eu própria pudesse transportar.  Nesta relação dos corpos a acção esta presente no contacto dos mesmos que por sua vez materializa um espaço, o espaço potencial (Donald Winnicott, O Objeto Transicional).

A acção e relação dos objetos com corpo (e a resultante criação deste espaço teórico) foi uma questão que surgiu inerentemente e de forma extremamente prática, sendo que só consegui fazer algum sentido desta necessidade da criação de espaços que corporizassem comportamentos intangíveis a partir do objeto inanimado (do qual resultam o apego e a relação intima) após ler acerca dos conceitos de Relação do Objeto (tratados por Winnicott,  psiquiatra, psicanalista e pediatra, 1896-1971) que passam pelo Objeto Transicional e o Espaço Potencial.

O Objeto Transicional tratando-se então da primeira possessão da criança, o “não eu”, que não só é detido de qualidades simultaneamente internas e externas (apesar de nunca inteiramente uma delas), como se define também como uma espécie de ponte entre o mundo externo e interno, entre a criança e o mundo exterior, materializando uma ligação estreita entre o Ser e o mundo superficial, visível. Este situa-se no Espaço Potencial.
O Espaço Potencial está “entre o mundo subjectivo e a realidade física percebida, entre as “extensões do eu” e o “não eu””.

Da forma menos consciente acabei por conhecer melhor o meu trabalho. So queria fazer uma boneca, foi (e ainda é) a resposta mais imediata.

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